Quais são os direitos do acusado em um processo da Lei Maria da Penha?

Quais são os direitos do acusado em um processo da Lei Maria da Penha?

Por Dr. Lúcio Saldanha Gonçalves - Advogado Criminalista e escritor jurídico


Introdução

A Lei Maria da Penha (Lei n° 11.340/2006) é uma das principais legislações brasileiras voltadas ao combate da violência doméstica e familiar contra a mulher. Ela trouxe avanços significativos na proteção das vítimas, mas também impôs responsabilidades e restrições ao acusado, que muitas vezes enfrenta medidas protetivas de urgência e processos criminais. Diante desse cenário, é fundamental compreender quais são os direitos do acusado em um processo da Lei Maria da Penha, equilibrando a proteção da vítima e as garantias constitucionais da defesa.


O que são medidas protetivas?

As medidas protetivas são instrumentos que podem ser deferidos de forma rápida pelo juiz, a pedido da vítima ou do Ministério Público, com o objetivo de cessar a situação de violência. Na prática, isso significa que o acusado pode ser afastado do lar, proibido de manter contato com a vítima e até mesmo impedido de se aproximar de determinados locais. Essas medidas têm caráter emergencial, mas precisam sempre respeitar o princípio da proporcionalidade e o direito de defesa.


Tipos de medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha

Entre as principais medidas protetivas que podem ser aplicadas, destacam-se:

  • Afastamento do lar ou local de convivência;
  • Proibição de aproximação da vítima, familiares ou testemunhas;
  • Proibição de contato por qualquer meio de comunicação;
  • Restrição ou suspensão do porte de armas;
  • Prestação de alimentos provisionais;
  • Comparecimento a programas de recuperação e reeducação.

Todas essas medidas têm o objetivo de proteger a vítima, mas não podem ignorar que o acusado também possui direitos assegurados pela Constituição Federal.


Direitos do acusado em um processo da Lei Maria da Penha

O acusado, mesmo diante das restrições impostas pelas medidas protetivas, mantém uma série de direitos fundamentais, entre eles:

  • Direito à ampla defesa e ao contraditório, com acompanhamento de advogado em todas as fases do processo;
  • Direito de requerer a revogação ou substituição das medidas protetivas, quando não houver mais risco à vítima ou quando a medida se mostrar desnecessária;
  • Direito de ser ouvido antes da decretação de medidas mais gravosas, sempre que possível;
  • Direito de acesso aos autos do processo e às provas apresentadas contra si;
  • Direito de apresentar provas, arrolar testemunhas e contestar acusações.

Possibilidade de revogação das medidas protetivas

As medidas protetivas não são definitivas. O advogado pode requerer a revogação quando:

  • A situação de risco cessou;
  • Houve reconciliação entre as partes;
  • A vítima manifesta que não deseja mais a manutenção das medidas;
  • Fica evidente que a medida está sendo utilizada de forma abusiva.

O juiz, ao analisar o pedido, deve sempre verificar se ainda há necessidade da proteção, garantindo o equilíbrio entre a proteção da vítima e os direitos do acusado.


Consequências do descumprimento de medidas protetivas

É importante ressaltar que o descumprimento das medidas protetivas gera consequências severas para o acusado. Segundo o artigo 24-A da Lei Maria da Penha, descumprir medida protetiva é crime autônomo, com pena de 2 a 5 anos de reclusão. Além disso, o juiz pode decretar a prisão preventiva e agravar as condições impostas. O simples contato com a vítima, ainda que a pedido dela, pode caracterizar descumprimento e gerar graves repercussões jurídicas.


Conclusão

Os processos da Lei Maria da Penha exigem equilíbrio entre a proteção da vítima e a garantia dos direitos do acusado. Conhecer as medidas protetivas, seus limites, a possibilidade de revogação e as consequências de eventual descumprimento é fundamental para uma defesa eficiente. O Dr. Lúcio Saldanha Gonçalves, advogado criminalista e especialista em casos da Lei Maria da Penha, atua em todo o Estado do Rio de Janeiro oferecendo defesa técnica e estratégica em investigações, audiências e processos judiciais.


Atuação do Dr Lucio Saldanha como Advogado Criminalista no Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo, Duque de Caxias, Maricá, Cabo Frio além dos seguintes Municípios do RJ:

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